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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Presidente do INCRA: conservadores querem impedir reforma agrária


TERRAS



Hackbart mostra que agricultura familiar alimenta muita gente
A recente polêmica levantada pela divulgação de uma pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional da Agricultura, na qual a reforma agrária é colocada como uma política que não deu certo, tem motivação meramente política. A mesma motivação que levou
à criação de uma CPI contra o MST, protocolada no Congresso.
“Esse é um debate falso”, disse o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Rolf Hackbart, a Paulo Henrique Amorim, em entrevista `a Record News.
Hackbart acentua que a pesquisa CNA/Ibope não tem representatividade no universo de assentamentos do Brasil. Além disso, segundo ele, trata-se de mais uma iniciativa dos empresários do agronegócio de inviabilizar a reforma agrária.
“É um setor da política brasileira que é muito conservador e contra a reforma agrária”, pontua Hackbart.
O presidente do INCRA destaca que o levantamento da CNA ouviu apenas nove assentamentos. “Nós temos 3364 assentamentos, onde vive 1 milhão de famílias, em mais de 80 milhões de hectares”, disse.
Hackbart refutou a conclusão da pesquisa, de que 62% dos assentamentos não produzem o suficiente para gerar renda e que 37% dos assentados vivem com, no máximo, um salário mínimo.
“Nós estamos fazendo um levantamento sobre a produção dos assentamentos e vamos cruzar com as do Censo Agropecuário do IBGE que mostra que a agricultura familiar – onde os assentamentos estão dentro – representa 24% da área e 38% do valor bruto da produção”, afirmou Hackbart.

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