VALMIR ANDRADE - A verdade em cumprimento do dever.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

CASTANHA DE CAJU SURGE COMO A REDENÇÃO DE BREJINHO

ECONOMIA




Voltei, ontem, a pequena Brejinho (são apenas 7,4 mil moradores), no sertão do Pajeú, a 420 km do Recife. Ali estive, pela primeira vez, nos anos 80, como repórter do Diário de Pernambuco, conhecendo o sisal, a então cultura mais rica do município, de cuja matéria-prima se confecciona, dentre outros produtos, corda e vassoura.
Brejinho fica colada a Itapetim, berço de grandes poetas, esta cidade-irmã de São José do Egito, a capital do repente e da viola. Apenas 15 km separam uma cidade da outra, mas Brejinho nunca sofreu influência dos cantadores, embora no passado tenha sido distrito de Itapetim.
A cidade já viveu o seu apogeu econômico embalada pelo sisal, mas hoje é a castanha de caju que começa a abrir uma janela de prosperidade. O Governo do Estado deve abrir, brevemente, uma unidade de beneficiamento da castanha de caju, para aproveitar o potencial do município, que produz, hoje, em torno de 400 toneladas de castanha por ano.
Cerca de 800 famílias de pequenos agricultores vivem em torno da atividade em localidades de terras férteis e planas, como Batinga do Tauá, Alagoinha, e Laranjeira. Além da castanha, Brejinho teve que buscar alternativas para gerar empregos e evitar o êxodo rural. E encontrou com a chegada de um abatedouro de frango em São José do Egito.
Em terras que antes se via sisal, agora se enxerga de longe um aglomerado de pequenas granjas. O prefeito José Vanderley (PSB) calcula que, hoje, mais de 100 granjas foram abertas no município. Ele próprio é dono de duas, que fornecem pinto e ração para o abatedouro Serrote Redondo, em São José do Egito.
“Chego a fornecer 100 mil pintos a cada 45 dias”, diz Vanderley, prefeito pela terceira vez. Na eleição passada, o socialista bateu nas urnas, por uma diferença de apenas 111 votos, o republicano Francisco Dudu, cria sua, eleito pela sua força no município, mas que o traiu antes mesmo de tomar posse, há cinco anos.
“Das três eleições que disputei foi a mais emocionante, porque o povo quis se vingar da traição do meu então aliado”, rememora Wanderley. Em Brejinho, falei numa escola de múltiplo uso, para uma plateia formada essencialmente por estudantes e duas secretárias municipais – Edilma Batista (Educação) e Aparecida Carvalho (Ação Social), esta primeira-dama do município. Lá encontrei, ainda, o prefeito Adelmo Moura, da vizinha Itapetim, e a vereadora Joselita Monteiro, da bancada do PSB na Câmara de Brejinho. (As fotos são de Júnior Finfa) BMM

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial