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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Polícia Pega mulher acusada de aplicar golpes


Por essa a Polícia Civil (PC) não esperava. Uma mulher foi apresentada na manhã de ontem na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, suspeita de aplicar o golpe conhecido como Boa Noite Cinderela em homens que frequentavam bares e boates da orla de Olinda e na praia de Boa Viagem, no Recife. Julita Ferreira de Siqueira, de 27 anos, foi presa no dia 23 deste mês, na sua casa, localizada na 2ª etapa de Rio Doce. Sua última vítima foi um técnico em informática, de 30 anos, que trabalha numa empresa multinacional. O fato ocorreu em outubro deste ano. A vítima passou quase dois dias desacordada na UTI de um hospital particular, após ingerir uma substância desconhecida.
A PC acredita que a substância seja o medicamento Rivotril, devido a potência do efeito após a sua ingestão. A venda do remédio é controlado pelo Ministério da Saúde (MS). O delegado Guilherme Caracciolo, do GOE, levantou a hipótese de outras duas ou três pessoas estarem agindo com a acusada, facilitando o acesso da substância utilizada por ela para “apagar” as vítimas. O delegado havia solicitado ao Fórum de Olinda a prisão temporária, depois de concretizar a investigação contra a suspeita.
Ela permanecerá no GOE por 30 dias até que a Justiça decrete a prisão preventiva e seja encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife, situada no bairro do Engenho do Meio. Julita respondia, em liberdade, um processo de roubo na 6ª Vara Criminal do Recife. “Soubemos que ela vem aplicando esse golpe há quase dez anos. Ela assumiu o risco de matar as vítimas com a substância e furtava os objetos com a atitude”, explicou o delegado. A suspeita não quis falar com a Imprensa.
O GOLPE
O técnico de informática conheceu Julita Ferreira num restaurante, na orla de Olinda, na tarde do dia 21 de outubro, quando ficaram “flertando” durante o almoço do profissional. O casal marcou encontro para noite do mesmo dia, onde iriam a um motel na cidade. Antes de seguir para o “esconderijo”, os dois passaram numa lanchonete. A polícia acredita que foi neste instante que a acusada aproveitou para colocar a substância na bebida da vítima. “No caminho para o motel, o técnico disse que não lembra de mais nada e simplesmente ‘apagou’”, narrou o delegado. O homem foi encontrado no dia seguinte por policiais militares dormindo dentro do carro, que estava com os vidros abertos e é locado pela empresa multinacional. “A vítima teve o notebook - que continha senhas eletrônicas de caixas eletrônicos -, um leitor de cartão, dois celulares e R$ 50 roubados”.
No dia 25 de outubro, Julita levou o notebook roubado a um conhecido para destravar a máquina, já que o aparelho estava bloqueado com senhas. “Não conseguindo êxito, o amigo da suspeita levou o equipamento para a loja de informática em que trabalha e um amigo da vítima reconheceu o equipamento. “Essa pessoa pediu para conferir o serial do aparelho e confirmou o notebook roubado. O colega do profissional recuperou o equipamento e avisou a vítima, que prestou queixa no GOE. Fomos até a loja de informática e levantamos informações sobre ela, que culminou em sua prisão”, concluiu Guilherme Caracciolo. Julita Ferreira é acusada de tentativa de latrocínio e responderá a pena de dez a 20 anos de reclusão.

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