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quinta-feira, 4 de junho de 2009

OBRAS PRONTAS DO PAC CONSUMIRAM 15,1% DAS VERBAS



A ministra-candidata Dilma Rousseff voltou à boca do palco para falar do PAC, uma das âncoras publicitárias de sua campanha.
Fez um balanço da execução do programa, já “velho” de dois anos e meio. Disse que as obras concluídas sorveram R$ 62,9 bilhões.
A cifra representa
15,1% do valor total do PAC. Verbas da União, de estatais e de empresas privadas.
O levantamento exposto por Dilma levou à balança 2.446 obras. Desse total, apenas 14% estão prontas. “Bastante razoável”, disse a ministra.
Outras 77% encontram-se, no jargão oficial, em estágio adequado. Uma minoria (7%) exige atenção. Quantidade irrisória (2%) preocupa pelo atraso.
Os dados que Dilma expôs aos holofotes reforçam a tese segundo a qual a estatística é a primeira das ciências inexatas.
A ministra desconsidera a maioria das obras do PAC. Tomado por inteiro, o programa se dispôs a erigir 10.194 empreendimentos.
Desse total, segundo revelara a ONG Contas Abertas na semana passada, apenas
3% das obras estão prontas. A maioria (74%) nem saiu do papel.
O balanço da ministra exclui pequenas obras de saneamento e habitação, tocadas em parceria com Estados e municípios.
O governo considera inadequadas as aferições do PAC feitas pela quantidade total de obras. Acha que o certo é considerar o montante dos investimentos.
Os moradores de favelas que convivem com o esgoto a céu aberto haverão de penar de outro modo.
Se o governo quiser aparecer para essa gente, não se atreverá a dar as caras em outra forma que não seja a de um lote de manilhas devidamente enterradas no solo.
Esgoto não é algo que possa ser processado com estatísticas.
V neste Blog.

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