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domingo, 24 de janeiro de 2010

Porque ninguém deseja a CPI das Empreiteiras







Coluna da Folha de Pernambuco da segunda-feira, 25/01/10
O senador Pedro Simon é uma voz isolada no Congresso em defesa da instalação da CPI das Empreiteiras. Há anos ele tenta criar esta CPI mas esbarra na má vontade da maioria dos congressistas. Não há interesse de deputados e senadores em abrir a “caixa preta” das grandes empreiteiras porque elas são os grandes financiadores das campanhas eleitorais de todos os partidos. Contribuem “por dentro” e “por fora”, valendo-se da liberalidade da lei e também da Justiça Eleitoral.
Prova de que elas ajudam a todos, sem distinção de sigla ou ideário político, foi a matéria publicada sábado pela “Folha de São Paulo” sobre uma planilha apreendida pela Polícia Federal no curso da “Operação Castelo de Areia”. De acordo com esta matéria, a Camargo Correia teria doado R$ 4 milhões, em dinheiro, na campanha de 2006, sem recibo e sem registro no STE, a congressistas e a partidos.
Entre os beneficiários estariam o senador Jarbas Vasconcelos (com R$ 510 mil), os deputados petistas José Genoíno, Jilmar Tato, João Paulo Cunha e Antonio Palocci e os ex-deputados Delfim Neto e Robson Tuma, todos de São Paulo. Ao todo, teriam sido feitas 232 doações, numa prova de que a mega construtora ajuda o governo e a oposição para ficar bem com ambos os lados. Isso de certa forma não é novidade. Novidade foi o registro das doações num pendrive e a sua apreensão pela PF.

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