Afogadense: 'Não pára, não pára, não pára não...".

Em toda atividade que requer movimento é indispensável um bom condicionamento físico. E no futebol não é diferente. Nos últimos tempos, nunca se cobrou e exigiu tanto dos atletas em se tratando de resistência, tudo com o objetivo de obter bons resultados. Nos anos 60, Ademir da Guia, craque do Palmeiras, nos passava a (falsa) idéia de que “quem corria era a bola”. Já na campanha do TRI, em 1970, João Saldanha desaprovou essa teoria, dando demonstrações de que, além de ser muito inteligente, ousado e corajoso, tinha conhecimento e plena convicção de que ninguém seria um bom “profissional da bola” sem ter fôlego suficiente para correr os 90 minutos, tempo determinado, em partidas de jogos oficiais.
Vi nosso Afogadense em ação por várias vezes. Os atletas, realmente, vão à exaustão. “Dão tudo de si”, cumprem as orientações e colocam toda sua técnica em busca de um resultado satisfatório. Mas quando não se alcança o sucesso o torcedor cobra, e cobra muito forte. Todos têm uma reclamação diferente e, muitas vezes, com fundamento. Eu sou um desses apaixonados por esse mágico esporte do rei Pelé. Nos últimos jogos, observei que a partir dos 20 minutos do segundo tempo, nossos atletas caem, abruptamente, de produção. Passam, tanto pra nós torcedores como para o time adversário, uma imagem de visível cansaço, chegando até, nos minutos finais da partida, ao esgotamento físico. Alguém disse que “futebol é uma caixinha de surpresas”. Porém, não se pode pensar em conquistas apostando, apenas, em “zebras”. Temos mesmo é que cuidar, urgentemente, da preparação física dos jogadores, porque, diferentemente do conhecido adágio popular se correr o bicho NÃO PEGA, mas se ficar (pregado, parado), aí sim, a coisa é feia.
Amanhã, domingo, enfrentaremos o Araripina necessitando de uma vitória simples. Sei da dificuldade, mas não será impossível. Vamos colocar o coração, a raça e o amor por essa terra tão querida no Sertão do Pajeú. Afogados da Ingazeira é muito mais do que se imagina, é um lugar de mulheres e homens obstinados pelo sucesso e pelo progresso. Avante Afogadense! Apesar dos pesares…
Carlos Moura Gomes
de Afogados da Ingazeira, um coração gravataense
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