PENSE NUM MUÍDO, O HOSPITAL DE ARCOVERDE

'Jarbista' assume direção do Hospital Regional de ArcoverdeO Diário Oficial publica hoje uma portaria do secretário estadual de Saúde, João Lyra Neto, nomeando o médico ortopedista José Weinberg Neto para o cargo de diretor do Hospital Regional de Arcoverde. Ele foi indicado para a função pelo prefeito Zeca Cavalcanti (PTB), que não votou no governador Eduardo Campos em 2006, nem no primeiro nem no segundo turno. A gestão deste hospital pelo município fez parte do acordo político-administrativo celebrado pelo governador Eduardo Campos, o vice João Lyra Neto e o prefeito.
A princípio, o prefeito não queria recebê-lo sob o argumento de que o Hospital está sucateado e atendendo muito mal à população. Porém, acabou concordando em assumi-lo após o secretário de Saúde ter-lhe assegurado que a gestão pelo município será transitória. No futuro, ele deverá ser administrado por um consórcio de prefeituras, a exemplo do que ocorrerá no Pajeú, no Araripe e em outras regiões do Estado. Após a vitória de Eduardo Campos, a direção deste Hospital entrou na cota dos cargos públicos que foram rateados entre as lideranças políticas da Frente Popular. Coube à ex-prefeita Erivânia Camelo (PPS), atual dirigente da Adagro, fazer a indicação do diretor, o respeitadíssimo médico Rui Bandeira, de 83 anos de idade. Sem pique para administrá-lo, o Hospital caiu de produção, daí a decisão do governo estadual de municipalizá-lo, provisoriamente. Os líderes da Frente Popular se chatearam porque não foram ouvidos sobre essa municipalização e porque o novo diretor é o mesmo das gestões Jarbas-Mendonça. Secretários de Saúde vão pedir ao governador que reconsidere a decisão.
Eles alegam que Arcoverde é o município da região que menos investe em saúde pública porque sempre viveu na sombra do Hospital Regional.
A reação partiu de Guilherme Braz, secretário de Saúde do município de Pedra. Ele afirma que a prefeitura de Arcoverde nunca compartilhou serviços de saúde com os municípios vizinhos.
Vereadora 'eduardista' também se chateia com a troca de comando no HospitalRevoltada porque o comando do Hospital Regional de Arcoverde passou para as mãos do prefeito Zeca Cavalcanti (PTB), a vereadora Célia Cardoso (PR) enviou uma carta de protesto ao governador Eduardo Campos.
Na carta, ela lembra que foi um das primeiras vozes no município a defender a candidatura do governador quando ele era o último colocado nas pesquisas de opinião, e que a entrega do Hospital ao mesmo médico que o comandou na gestão de Jarbas Vasconcelos repercutiu negativamente na Frente Popular.
A vereadora ficou mais revoltada ainda porque soube que o Hospital seria entregue ao prefeito por meio do vereador Luciano Pacheco (PTB), líder do governo na Câmara Municipal.
Pacheco teria dito no plenário da Câmara que o prefeito vai pegar o hospital “no osso” mas dentro de pouco tempo ele estará organizado e oferecendo “filé” aos políticos da base governista.
Célia Cardoso afirma também que não tinha o menor interesse em indicar o diretor do Hospital Regional Ruy de Barros Correia.
Queria apenas, por uma questão de respeito e consideração, ter sido consultada previamente sobre a mudança de comando pelo secretário João Lyra Neto.João Lyra diz que Ângelo Ferreira tinha conhecimento da troca de comando O secretário de Saúde, João Lyra Neto, informou ao blog que deu ciência da troca de comando no Hospital Regional de Arcoverde ao secretário de Agricultura, Ângelo Ferreira, a quem Erivânia Camelo é politicamente vinculada.
- Como não dá para falar com todo mundo, conversei com o secretário Ângelo e avisei a ele que o governo iria trocar a direção do Hospital. Ele não está bem e pode funcionar melhor sob o comando da prefeitura. Para nós, do governo, pouco importa quem será o novo diretor. O que nós queremos é que o Hospital funcione e atenda bem à população – afirmou o secretário.
Disputas políticas à parte, o Hospital Regional carece realmente de gestão. Pois nada justifica que o tomógrafo que lhe foi doado pelo ex-presidente da Phillips, Marcos Magalhães, esteja quebrado há mais de um ano e a atual direção não tenha tomado nenhuma providência para consertá-lo.
O secretário disse também que sua pasta não tem condições de administrar, do Recife, 26 grandes hospitais e que o modelo de gestão vai mudar radicalmente até dezembro próximo.
Outros diretores serão substituídos neste final de semana e cada um dos hospitais que estiver sob a batuta da Secretaria de Saúde será fiscalizado por um auditor, que mensalmente fará um relatório e o enviará para o secretário.
BIS
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