VALMIR ANDRADE - A verdade em cumprimento do dever.

sábado, 4 de julho de 2009

O CALVÁRIO DO PT



LULA SE IRRITA COM TIÃO VIANA, o ‘rancoroso’
Durante a reunião com a bancada do PT no Senado, o presidente Lula se irritou com o discurso rancoroso de Tião Viana (AC), inconformado ainda com a derrota para José Sarney para a presidência da Casa. Após advertir que a discussão é “política”, a fim de não permitir que o PSDB assuma a presidência do Senado mesmo interinamente, Lula pediu provas quando Viana fez acusações a Sarney. Mas ele não as tinha.
Sem provas
Tião Viana disse que baseava suas suspeitas em “informações de um assessor” do Senado, o que deixou Lula ainda mais irritado.

O CALVÁRIO DO PT
Continua o PT no seu calvário, atravessando estações capazes de ultrapassar em número aquelas percorridas por Jesus. A última aconteceu no prédio do Senado, onde a anterior lá também se desenrolara. Depois de sua bancada decidir levar a José Sarney sugestão para licenciar-se por trinta dias da presidência da casa, os companheiros senadores tiveram de engolir a proposta, por força de um pito neles passado pelo presidente Lula. Meses antes, tendo lançado Tião Viana como candidato, fiados nas juras de Sarney de que não disputaria o cargo, os petistas assistiram o mesmo presidente Lula fazendo corpo mole, deixando de apoiar o indicado de seu partido com o ímpeto necessário. Nem é preciso lembrar anteriores decepções do PT. Em vez de discutirem livremente quem o partido indicaria para a sucessão do ano que vem, seus líderes e suas bases precisaram deglutir Dilma Rousseff, imposta pelo presidente Lula. Antes, pleitearam eleger o presidente da Câmara, logo obrigados a aceitar Michel Temer em nome da aliança com o PMDB. Gostariam de apontar o sucessor de Antônio Palocci na Fazenda mas surpreenderam-se com a escolha de Guido Mantega. Frustraram-se com a permanência de Henrique Meirelles no Banco Central. Reclamaram do pouco empenho do presidente Lula em defesa do mandato de José Dirceu, afinal cassado no plenário da Câmara. Também resistiram à entrega de seis ministérios para o PMDB, como fizeram cara feia diante do veto do presidente Lula à proposta de todos os aposentados receberem reajuste salarial igual aos de salário mínimo. E vai por aí. A próxima estação pela qual o PT passará carregando sua cruz abrangerá as sucessões estaduais. O grande companheiro exige que abram mão de disputar o governo dos nove estados onde o PMDB já ocupa o poder. Em suma, senão imaginando o presidente Lula como Poncio Pilatos, muitos dirigentes do PT já se referem ao palácio do Planalto como a morada de Anás e Caifaz...

O MUTISMO DO SENADOR SARNEY
Sarney está mudo.
Em silêncio. Não dá uma palavra com a Imprensa há mais de dez dias. Já fizeram até um cordão de isolamento para impedir que ele fale como jornalistas. É um direito seu não falar? É um direito seu não querer papo com jornalistas? Claro que é. Mas Sarney é presidente de um poder. É presidente do Congresso Nacional. Ninguém quer saber dele sobre abobrinhas. É preciso, todo dia, o dia todo, que se busquem explicações sobre a crise que mantém o Senado na sarjeta. E o pior é que Sarney, se não fala pessoalmente com jornalistas, é obrigado a falar por meio de notas, para esclarecer fatos que o envolvem. E as notas nem sempre são esclarecedoras. Até quando esse mutismo que em nada aproveita nem a Sarney, nem ao Congresso? Valmir Andrade
V neste Blog.

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