Bairros de São Paulo continuam alagados

Os corpos dos jovens que tinham desaparecido numa lagoa foram encontrados nesta sexta-feira.
Quatro dias depois da tempestade que paralisou São Paulo, uma área onde moram 10 mil pessoas ainda está alagada. E foram encontrados os corpos dos jovens que tinham desaparecido numa lagoa.
Os cinco amigos foram nadar na tarde de quinta-feira em uma lagoa, na Zona Leste de São Paulo. Dois deles não voltaram para casa. Os bombeiros passaram o dia fazendo buscas, e na tarde desta sexta-feira encontraram os corpos de Leonardo, de 11 anos, e Thiago, de 15.
"Ele vinha de vez em quando aqui, quando estava seco. Nunca veio quando tava assim", contou o irmão de Thiago.
Vizinhos disseram que a correnteza na lagoa estava forte. Ela fica numa área próxima à várzea do Rio Tietê, que ainda sofre com a inundação provocada pela chuva do início da semana.
Cinco bairros da região conhecida como Jardim Pantanal isolados. Mesmo após três dias sem chuva a água ainda não baixou.
“Na rua, a água não baixa e os carros passam e vão jogando mais água na casa da gente”.
A todo momento é possível ver balsas improvisadas, que numa situação dessas são valiosíssimas, esta é feita de tabuas, restos de porta, caixa de supermercado, garrafas PET, isso vale muito, está salvando muita gente que não pode botar os pés nessa água.
Pegamos carona com estes moradores e vimos casas com garagens inundadas, impossível ficar dentro de casa. Muitas casas estão vazias. “Tem dia que a gente nem dorme pra ficar de vigília, para ninguém roubar nada”.
Francisco está de saída. Leva os móveis para uma casa alugada longe do Tietê. Aílton é um dos que ficaram para tentar salvar a oficina de costura. “Três dias parados, R$ 4,5 mil a gente já perdeu. É a produção do dia”, disse o empresário Aílton Ferreira.
No caminho, encontramos as crianças em cima da laje. A parte de baixa da casa está alagada.
A água da chuva está misturada com esgoto deveria ir para a estação de tratamento. Mas as bombas foram inundadas. E sem o bombeamento, o risco de doenças é grande.
“Estamos esperando nível da água das ruas baixar pra tomar ações necessárias”. “A gente tem medo de contaminação, é um risco que a gente corre, mas vai fazer o quê? Tem que resolver problemas, tem que sair. A vida continua”.
Marcadores: ALAGAMENTO
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